Deixamos aqui o que falaram alguns jornais e não só. Neste caso, apenas falou o jornal desportivo "ojogo"www.ojogo.pt
Defender prata em Lisboa
As condicionantes profissionais de Hugo Gaspar também se vão fazer sentir na praia, especialmente no primeiro dos quatro anos do projecto. "Vamos fazer todas as provas do circuito nacional, porque aos fins-de-semana ele não tem vínculo com o hospital, e tentar ir aos Jogos da Lusofonia, em Lisboa, porque tenho uma medalha de prata a defender. Logo a seguir gostávamos de ir ao campeonato do Mundo, na Noruega", explica Pedrosa. Nesta primeira época, "o importante é aprender". "Ainda vai demorar algum tempo até nos entendermos como dupla", explica Pedrosa.Uma vez que não vão participar em todas as provas do circuito Mundial, o orçamento previsto "ronda os 24 mil euros, mas a poupar em tudo o que for possível", diz. Quanto a Gaspar, está na expectativa: "Até pode ser que cheguemos a Setembro a cheguemos à conclusão que não sei jogar na praia...".
Gaspar diz adeus à Selecção
Estar presente nos próximos Jogos Olímpicos, que se realizam em Londres, em 2012, é este o novo sonho de Hugo Gaspar, um dos melhores jogadores portugueses da actualidade, que decidiu deixar a Selecção Nacional e aceitar o convite de José Pedrosa para formar uma dupla no voleibol de praia. As condicionantes profissionais (cumpre, este ano, o internato de medicina) pesaram na decisão. "Até hoje sempre estive compenetrado na Selecção, de que gosto muito. Custa-me imenso abandonar. Mas não tinha hipótese de me ausentar os quatro ou cinco meses que duram os estágios, como fiz nos últimos oito anos. O convite do José Pedrosa, um amigo que admiro muito, por tudo o que já fez no voleibol de praia, acabou por ser a solução", explicou o jogador de Vieira de Leiria a O JOGO.O antigo parceiro de Pedrosa, Pedro Rosas, juntou-se a Miguel Maia no final do ano passado, substituindo João Brenha, que decidiu pôr um ponto final na carreira da praia. "A minha relação com o Pedro Rosas ficou intocável", assegura Pedrosa. "Quem quiser treinar connosco tem sempre as portas abertas, como acontece com o João Simões/Rui Moreira e com o meu grande amigo Nélson Brízida, que tem dado sempre uma ajuda importantíssima."O jogador do Castêlo da Maia, que começou a carreira desportiva como jogador de futebol - "Joguei nas camadas jovens do Maia. Era o 'Paulinho Santos' da equipa", explica, entre sorrisos -, já conta no currículo com um título Europeu de sub-23 (2001) e uma medalha de ouro nos Jogos da Lusofonia (2006), enquanto Hugo Gaspar vai fazer este ano a sua estreia nas areias.
Projecto Olímpico sem duplas
Desfeita a dupla Pedrosa/Rosas, o voleibol de praia ficou sem duplas no Projecto Olímpico. Assim, será preciso começar praticamente do zero e fazer bastantes sacrifícios, até porque "este ano será quase impossível reentrar no Projecto". "Em princípio, vamos contar com o apoio da Dalkia, um patrocinador que já me acompanha há seis anos. E a Câmara da Maia vai começar a apoiar-nos mais um pouco, para além da cedência de instalações", diz Pedrosa. "Da Federação? Não temos recebido nada", garante, sem se querer alongar em muitos comentários.O grande objectivo é mesmo construir uma equipa "que se bata de igual para igual com os melhores do Mundo". "O Hugo Gaspar vem trazer uma coisa que faltava: bloco. Para além da altura, tem instinto. E hoje em dia o bloco é fundamental no voleibol de praia", garante. Os treinos começam mal acabe o campeonato nos pavilhões.A juntar a esta nova dupla, também Miguel Maia continua a sua carreira internacional, agora com a companhia de Pedro Rosas, tendo João Brenha passado a ser o técnico.
Substituição será difícil
Quem o garante é José Pedrosa: "substituir Hugo Gaspar na Selecção será difícil. Mas está na altura de haver uma renovação e novos valores vão ter de aparecer", opina. Para Gaspar, "Valdir Sequeira ou Marco Ferreira" devem ser os donos do lugar de oposto, ou seja, do jogador responsável pela maior parte dos ataques de uma equipa. Ao longo dos últimos anos, Hugo Gaspar não tem tido concorrência.
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